sexta-feira, 22 de julho de 2011

Apoio e observação dos festejos de São Benedito e São Sebastião de Fundão – 2011

Os Festejos de São Benedito e São Sebastião do município Fundão aconteceram no mês de Janeiro de 2011 e contou com cerca de 20 mil pessoas. A programação cultural teve início com Encontro e Desfile de Bandas de Congo, Puxada do Navio e teve como ponto alto, a Fincada do Mastro. O envolvimento do programa de extensão nos festejos é fruto de uma parceria com a Secretaria de Cultura do município, que teve início em novembro de 2010 quando foi realizado o I Fórum de Tradições Culturais de Fundão, com objetivo de sensibilizar a comunidade na proteção e preservação dessas tradições culturais.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010



Banda de Congo de Piabas/Irundi – Ibiraçú-ES.
As bandas de congo, para não deixar desaparecer a cultura do negro, têm resistido às dificuldades e a falta de apoio dos pequenos municípios em que se encontram. Uma das bandas, que é exemplo disto, é a de Piabas/Irundi de Ibiraçú. Segundo o vice-presidente das bandas de congo de Ibiraçú, Hipólito Monfardini Neto, “Neto” como é chamado pela comunidade, esta festividade retrata a história do negro e é dividida em quatro etapas: a cortada, a roubada, a fincada e a derrubada do mastro.
A cortada simula a escolha e o corte de um tronco de árvore para servir de instrumento de castigo para os escravos. No tronco fincado na fazenda do senhor, os escravos apanhavam quando não obedeciam ou quando não produziam por motivo de doença. A roubada representa o furto do tronco para que não fosse fincado no dia seguinte e não acontecesse a tortura dos colegas. A fincada retrata um momento de tristeza, pois é quando o tronco é achado e fincado, para dar inicio aos castigos. Na derrubada o mastro é deitado abaixo representando a libertação dos escravizados. Essa passagem é vinculada à assinatura da Lei Áurea pela Princesa Isabel, na qual proporcionou a liberdade dos negros no Brasil.
De acordo com Neto, a banda de Piabas/Irundi se uniu às demais bandas de Ibiraçú para registraram-se como uma associação, intitulada “Bandas de Congo de Ibiraçú”, desta forma as bandas conseguiram legalizar e dar continuidade ao trabalho.
Esta união das bandas de Ibiraçú é também uma estratégia de não permitir que a festa e a história do negro se acabem no município; caso alguma banda venha a se desintegrar, os congueiros que desejarem continuar, mas que não pode mais dar continuidade em sua comunidade, têm a liberdade de migrar para outra banda.

A comissão é formada pelas seguintes bandas:
São Cristóvão: localizada no bairro urbano São Cristóvão da cidade de Ibiraçú, a banda leva o nome do bairro. Com o apoio das demais bandas, gravou seu primeiro CD. Também é a única banda que possui uma escola e uma banda mirim de congo dentro do município.
São Pedro: localizada numa comunidade quilombola na zona rural de São Pedro/Ibiraçú, é considerada pela comissão, a mais original das bandas. Os integrantes, em sua maioria, são descendentes de escravos e as rainhas, as “Bastianas” como são conhecidas, confeccionam o estandarte e a bandeira da festa do mastro. A banda era regida pelo mestre Manoel Casimiro, que com seu falecimento foi assumida por Jaci Vicente.
Boa Vista: assim como a Banda de São Cristóvão, localiza-se na zona urbana de Ibiraçú e também leva o nome do bairro em que se encontra.
Piabas/Irundi: é formada por duas comunidades rurais, a comunidade de Piabas que pertence a Ibiraçú e a comunidade de Irundi que pertence a Fundão. A união se deve a proximidade e ao expressivo número de famílias que possuem parentes em ambas as comunidades. É regida pelo capitão Benedito Casimiro, mais conhecido como Seu Bino. Em seu uniforme branco, com seu kep e um apito de mais de 60 anos, esse senhor de 82 anos de idade e mais de 60 anos de congo, é o segundo mais velho e mais antigo capitão em atividade no estado do Espírito Santo. Lidera, juntamente com o apoio de Neto, uma banda miscigenada por negros e brancos. Duas, das quatros rainhas da banda de Piabas/Irundi são jovens brancas. Há também um número expressivo de crianças que integram e acompanham a banda.
Na última festa da fincada do mastro que ocorreu nos dias 09 e 10/01/2010 foi possível registrar alguns nomes que são promessas futuras desta cultura. Exemplos de promessas como o menino Fabiano Zanoni, de apenas 4 anos de idade que acompanhou a banda com sua casaca infantil feita pelo pai, Sebastião Zanoni, especialmente para a festa. Outro menino que está seguindo o mesmo caminho é Sávio Salles Cazotto de 3 anos de idade, que está aprendendo a tocar casaca com o pai Silvano Cazotto, integrante da banda. Sua irmã Sandy Salles Cazotto, 8 anos, é uma das princesas do congo. O grande destaque das promessas é o sobrinho de Neto, Erly Monfardini Zanoni de 8 anos de idade, que acompanha batendo tambor na banda desde pequeno . Seu pai José Carlos Zanoni, músico autodidata, faz parte do coral da Igreja de Piabas e toca vários instrumentos musicais na banda de congo. Outro detalhe importante de ser ressaltado é que estes instrumentos tocados por eles possuem mais de 50 anos de uso. São instrumentos fabricados a partir de couro e de barris de vinhos trazidos nos navios pelos bisavôs dos congueiros. Os imigrantes italianos, austríacos e alemães transportavam os barris em tropas; eram colocados dois barris carregados de vinho no lombo de cada burro. É possível ainda ver as marcas das tampas dos barris nos tambores. A responsabilidade de armazenar e zelar pelos instrumentos da banda de Piabas/Irundi foi encarregada a Neto, que há pouco tempo restaurou alguns tambores, trocando a cor azul e branca por verde e branca. A cor verde também foi adotada nas camisas do uniforme e nos bonés da banda que foram patrocinados por Danilo Blanck, conterrâneo de Piabas que tem muito apreço pelo congo apesar de não fazer parte diretamente da banda, mas que tem apoiado financeiramente. A banda também conta com apoio do presidente da associação de congo de Fundão.
A banda tem um histórico interessante a respeito dos idealizadores e coordenadores dessa manifestação folclórica e religiosa. O curioso é que as maiorias dos nomes é de descendentes de italianos alemães e austríacos, já uma vez que o congo, na sua origem, integra a cultura do negro, índio e português. Isto mostra que Piabas vem há tempos interagindo com várias culturas. Diferente de muitos municípios, Piabas se destaca na valorização e no respeito da cultura negra de tal forma que a participação dos brancos desta comunidade no congo é maioria.
Não se tem certeza, mas há rumores que a matriarca na realização da festa de São Benedito e São Sebastião, seria Branca Pedrini; descendente de italianos que fundaram Piabas. Seu sucessor foi Pedro Pirchiner, descente de austríacos que cavava com as mãos e tirava no prato a terra do local da fincada do mastro. Junto com o então amigo José Casotto e capitão Bino administrou por um bom tempo o congo de Piabas. Foi sucedido pelo pai de Neto, Natalino Monfardini, que influenciou o gosto do filho pelo congo. Porém Natalino faleceu e ninguém se propôs a assumir a tesouraria da banda, após seu falecimento. Sozinho, capitão Bino ficou impossibilitado de dar continuidade. Com a possibilidade de não haver festa nos anos seguintes, devido à falta de um líder administrativo, Neto assumiu a tesouraria da banda administrando até os dias atuais.
Ele relata que a banda tem passado por muitas dificuldades, mas tem resistido a todas elas. “Não há verba e os apoios da prefeitura são escassos. Trata-se de trabalhadores rurais que não podem largar sua lavoura quando convocados para fazer o que amam sem nada em troca. Quando não há patrocínios para o transporte e a alimentação somos obrigados a bancar do próprio bolso. Nem mesmo capitão Bino com tantos anos de atividade não tem o devido reconhecimento e recursos para realizar o trabalho no congo. Ele caminha durante duas horas para chegar à comunidade, saindo de Alto Piabas onde mora, até Piabas, onde os ensaios ocorrem. Na idade dele fica difícil”.
Seu Bino completa:
“Muitas vezes os meninos me trazem de carro ou meus filhos vão me buscar em Piabas, mas já andei muito a pé para puxar congo”.
O grande desejo desta banda é o reconhecimento de seu trabalho e de sua história, principalmente o reconhecimento do Capitão Bino.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Nossa Origem - Família Casotto
Antônio Casotto nasceu em Cervarese Santa Croce – Padova – Vêneto – Itália e é dele a descendência de minha família, que em sua maioria reside na zona rural de Piabas, município de Ibiraçú.


Casa de José Casotto em Piabas/Ibiraçú

Vêneto
Hoje, o Vêneto é a região mais rica da Itália, tendo a segunda renda per capta mais alta do mundo, perdendo apenas para a Nova Zelândia. Até então, na época, era a mais pobre, se morria de fome quando os nossos antepassados para cá vieram.

Cervarese Santa Croce
Atualmente Cervarese Santa Croce se encontra como um dos mais belos e tranqüilos lugares.
Cervarese Santa Croce
Altitude: 21Metros (acima do nível do mar)
Cervarese Santa Croce é uma Comuna da província de Padova
Padova


Casotto também é o nome dado a uma comuna italiana.
Monasterolo Casotto é uma comuna italiana da região do Piemonte, província de Cuneo, com cerca de 126 habitantes. Estende-se por uma área de 7 km², tendo uma densidade populacional de 18 hab/km².

Também há uma Casa rural ( agroturismo), um recanto de descanso chamado Casotto em Arezzo – Toscana - Itália.



AS RAZÕES DA EMIGRAÇÃO ITALIANA

No início do século XIX (de 1801 a 1900) ocorreram grandes modificações políticas e econômicas na Europa. Terminadas as guerras napoleônicas, o Congresso de Viena (1814/1815) estabeleceu arbitrariamente novos estados, formas de governo e alianças, sem escutar os povos a eles submetidos. Após o Congresso de Viena a Itália ficara dividida em 7 estados, os cinco primeiros subordinados à Áustria:
- Reino da Sardenha-Piemonte - capital Turim;
- Reino Lombardo-Venesiano - capital Milão;
- Ducado de Parma;
- Ducado de Modena;
- Grã-Ducado de Toscana;
- Estados da Igreja - capital Roma (sob domínio do Papa);
- Reino das duas Cicílias - Capital Nápoles (sob domínio dos Bourbons).

Na primeira metade do Século XIX surgiu um movimento de patriotas italianos visando a unificação da península. Esta unificação deveria restaurar a Itália, colocando-a na posição de que outrora desfrutara perante outros povos. Os idealistas jovens, sob a direção de Mazzini, pretendiam uma república, e os de concepção religiosa queriam uma federação sob a chefia do Papa. Entretanto, muitos nacionalistas achavam que o ideal seria a monarquia constitucional, partindo do reino da Sardenha. Esta tendência predominou. Colaboradores em prol da unificação:
- Vitor Emanuel II, da Sardenha e seu primeiro ministro;
- Camillo di Cavour;
- Giuseppe Garibaldi, italiano que lutara anteriormente no Rio Grande do Sul (Guerra dos Farrapos).
OS PASSOS DA UNIFICAÇÃO

1859 - A Lombardia será anexada com ajuda francesa (Guerra da França contra a Austria, como apoio à Itália);
1860 - Os Ducados de Parma, Modena e Toscana vão ser anexados, através de um plebiscito;
1861 - O Reino das Duas Sicilias é anexado por Garibaldi;
1866 - A parte de Veneza é anexada com ajuda prussiana (Guerra entre Austria e Prússia, sendo a Itália aliada desta última);
Restavam apenas os "Estados da Igreja" a serem anexados, ao que o Papa Pio IX se opôs, apoiado pelo imperador francês, Napoleão III. Em 1870, todavia, Napoleão III é forçado a retirar os soldados que garantiam o Pontífice, em vista da guerra Franco-Prussiana, e então Vitor Emanuel efetivou a unificação tomando o título de Vitor Emanuel II. Este fato originou a "QuestãoRomana", face à oposição do papa ao governo italiano.
1929 - Através do Tratado de Latrão, entre o Papa Pio XI e Benito Mussolini (governo fascista) a pendência ficou resolvida. O Papa permaneceu como soberano do Vaticano, renunciando às possessões que anteriormente dominava.
Os territórios de Trento e Trieste, sob o domínio austríaco, só são incorporados ao Estado italiano com o fim da 1ª Guerra Mundial (1914-1918).

Terminada a luta, o sonho de paz e prosperidade foi substituído por uma dura realidade: batalhões de desempregados e camponeses sem terras não tendo como alimentar a si nem as suas famílias. A Revolução Industrial, com o advento das máquinas, substituiria o trabalho do homem, com muito mais lucro e perfeição. A solução foi emigrar em busca de novas terras não exploradas e ricas.
A primeira viagem de imigrantes aconteceu no dia 3 de Janeiro de 1874, às 13 horas, do porto de Gênova, em navio a vela, o La Sofia na expedição de Pietro Tabachi, e a segunda pelo Rivadávia, ambos de bandeira francesa. Oficialmente, a imigração teve inicio no Brasil com a chegada do navio Rivadávia que aportou em 31 de Maio de 1875, com 150 famílias italianas.



Em 20 de julho de 1895, o Governo Italiano proíbe terminantemente a emigração para o Espírito Santo. Esta medida foi conseqüência do relatório enviado pelo Cônsul da Itália neste Estado, apontando as dificuldades que o imigrante era obrigado a suportar: má alimentação, abusos da polícia e justiça incerta, insalubridade do clima, deficiência de serviços médicos e escolares, demora excessiva na medição dos lotes e divisão de terras, etc.

“Ao final dos anos de 1870, o mundo descobria a América e os europeus afirmavam que aqui se encontrava o Eldorado. A Itália, principalmente a Itália do Norte, de muita pobreza e sem qualquer expectativa de um porvir sólido, tantas vezes agredida por austro-húngaros, buscava alternativas para os seus pobres habitantes. O Brasil, por sua vez, com seu território continental, precisava desbravar e cultivar suas terras. Os interesses eram mútuos e não foi difícil convencer algumas famílias do Vêneto para nos descobrir. Tudo estava por ser feito, o desafio era assustador, mas os italianos foram à luta.”


(Diversas famílias italianas no Brasil se organizaram e criaram um site para a divulgação de sua história. Agora você pode criar um hot-site no Portal Itália para sua família. Atividades, festas e reunir os parentes.).


A Imigração dos Italianos para o Brasil
Poema

TENHA ORGULHO DE SEUS HUMILDES ANTEPASSADOS
"São as pessoas humildes que eu procuro,
O sal da Terra, por assim dizer,
Aqueles que domaram o solo bruto,
E fizeram nele as sementes florescer.
São estes que eu gosto de encontrar,
Quando mergulhada na estrada da genealogia.
E é apenas por orgulho que me deixo levar,
Refazendo seus passos para assim os imortalizar.
Aqueles que buscam o passado com sonhos de glória
De encontrar heróis e ducados em cada história,
Não devem jamais se desapontar
Ainda que descobrirem que os humildes "bisinhas"
Tinham somente as estrelas para contemplar."
G. McCoy

A vinda da Família Casotto para o Espírito Santo
Antônio Casotto nasceu na Itália e aos 22 meses embarcou com sua família no navio Rosário rumo ao Brasil.
Abaixo algumas informações sobre a família, colhidas em pesquisa atual, caso tenha mais informações e deseje disponibiliza-las envie para o e-mail: casottopirchiner@hotmail.com.

Enrico Casotto pai de Antonio Casotto era filho de Domizio Casotto e Elisabetta Reffo (não há informações se eles já haviam falecidos quando seu filho Enrico embarcou para o Brasil.).
Enrico Casotto nasceu em 06 julho 1850 em Cervarese Santa Croce - Padova - Itália. Ele (com 26 anos) casou-se com Rosália Fasolo (com 23 anos) em 23 julho 1876. Rosália Fasolo nasceu em 1853 em Cervarese Santa Croce - Padova – Itália e faleceu aos 72 anos no dia 29 de junho de 1929 em Goiapabo-açu- Fundão / Santa Teresa.

Enrico Casotto o Chefe da família, com então 44 anos, de profissão Contadino, embarca no porto de Genova em 12/01/1985 no navio Rosário juntamente com sua esposa, Rosália Fasolo (com 41 anos) e seus 8 filhos:

PIETRO CASOTTO - 16 ANOS - nasceu em 26 maio 1868
COLOMBA CASOTTO - 14 ANOS - nasceu em 1871 e faleceu em 26 fevereiro 1916, com 35 anos no Espírito Santo.
GIUDITTA CASOTTO - 11 ANOS - nasceu em 27 março 1873
EMILIO CASOTTO - 9 ANOS - nasceu em 23 março 1875.
SANTE CASOTTO - 7 ANOS - nasceu em 28 agosto 1877.
PASQUALE CASOTTO - 5 ANOS - nasceu em 10 março 1879.
ITALIA CASOTTO - 4 ANOS - nasceu em 5 setembro 1880
ANTONIO CASOTTO - 2 ANOS – nasceu 26 de abril de1882.





Consta ainda que outros filhos nasceram no Brasil:
Maria Casotto nasceu em 1891.
Teresa Casotti nasceu em 1896.
Angela Casotti nasceu em 1897.
Amabile Casotti nasceu em 31 julho 1899.
Virginia Casotti nasceu em 12 novembro 1900.

Desembarcaram em 6/02//1895 no Porto de Vitória e seguiram numa barca pelo rio Santa Maria com destino ao município de Santa Leopoldina em 04/03/1895, instalaram-se na Hospedaria Pedra D água. Sonhavam em aqui chegar e adquirir terras, enriquecer com o novo mundo recém descoberto, pois esta era a promessa vendida aos italianos desiludidos com a pátria mãe.
As viagens eram longas, levavam-se em média 35 dias para se chegar ao Brasil, isto acontecia porque os navios eram a velas, seguiam viagem com os ventos e ficavam parados quando não havia correntes de ar. A demora de se chegar à terra firme, a precariedade de alimentos, de água, de remédios e higiene foram fatores propícios ao surgimento e alastramento de doenças como a febre amarela dentro dos navios.

Antonio Casotto em sua velhice passou a ter uma convivência maior com seu filho Mário Casotto, a quem relatou várias histórias vividas por ele e seus familiares. Algumas dessas histórias ocorreram na viagem para cá, a família viveu vários momentos desesperadores dentro do navio.
Um desses momentos foi vivido pelo próprio Antonio, que tinha 22 meses ao vir para o Brasil, era o mais novo dos filhos de Enrico e Rosália, quando teve febre amarela logo após embarcar no navio Rosário. Costumava-se tomar como medida preventiva para evitar epidemias dentro dos navios, jogar o doente vivo no mar. Então alguns tripulantes e encarregados do navio tentaram joga-lo vivo no mar, mas foram impedidos por sua mãe Rosália, que o segurou fortemente em seus braços enquanto várias pessoas tentavam arranca-lo a força. Mas Rosália não desgrudava dele e dizia que teriam que atira - lá ao mar também. Diante do desespero da mãe e de se tratar de uma criança, a tripulação desistiu da atitude e colocaram ele e a família isolados dos demais viajantes. Chegando ao Brasil foram obrigados a desembarcarem na cidade de São Paulo, para ficarem de quarentena e curar a febre amarela de Antonio. Seguiram viagem depois da total cura de Antonio e de ser constatado que a família não oferecia risco à população.
A maioria dos imigrantes era obrigada a ficar de quarentena antes de chegar ao destino certo, tratava-se de uma atitude comum na vinda dos italianos para o Brasil.
Outro relato feito por Antonio, foi que quando sua família veio para o Brasil, não falavam a língua portuguesa e por isto passaram muita fome na viagem e na chegada. Já estavam a alguns dias sem se alimentarem, quando conseguiram se comunicar com um funcionário do navio, que os compreendeu e respondeu que logo seria servido algo para eles. A família entendeu que o funcionário traria queijo para eles, mas na realidade ele havia dito pães e estavam mofados. Como não havia nenhuma outra opção de alimento para saciar a fome foram obrigados a comer os pães mofados.
Desembarcando em Santa Leopoldina tiveram outra surpresa gastronômica. Foi servido a eles, farinha de mandioca, porém acreditaram que se tratava de queijo ralado e famintos encheram os pratos, mas ao levar o alimento a boca, cuspiram. Reclamaram uns aos outros dizendo que estavam dando a eles “pó de pau” para comer.
A família ao se estabelecer na região recebeu do governo um pequeno lote de terra, além de 10 mudas de cana e 10 de banana para serem cultivadas. Mas a terra doada era muito ruim para o cultivo. Localizadas em morros e dentro de matas, era difícil cultivar qualquer coisa. Também havia um grande risco de se encontrar animais silvestres, como onças pintadas. Devido a estes fatores a família passou muita dificuldade durante um longo período.
Segundo boatos, uma das irmãs de Antonio, que não se sabe ao certo qual, casou-se com um conterrâneo italiano. O rapaz teria vindo para o Brasil para ficar com a jovem. Eles se casaram muito jovens, entre os seus 16 ou 17 anos. A dificuldade era tanta que eles não tiveram condições de construir ou alugar uma casa e foram morar dentro de uma gruta. Moraram nesta gruta durante 3 anos até que com a ajuda das famílias, conseguiram fazer uma pequena casa.




Parte da Genealogia dos filhos de Enrico Casotto:
Colomba:
Colomba Casotto nasceu em 1871 em Cervarese Santa Croce - Padova - Italia. Ela faleceu em 26 fevereiro 1916, no Brasil com 35 anos de idade. Colomba casou-se com Alessandro Broetto. Alessandro Broetto nasceu em 3 outubro 1867 em Cervarese Santa Croce - Padova - Itália.
Eles tiveram os seguintes filhos:
Archangelo Broetto nasceu em 9 janeiro 1898.
Aurelio Eugenio Broetto nasceu em 8 julho 1899.
Maria Anna Broetto nasceu em 11 novembro 1900 e faleceu em 7 janeiro 1968.
Camilo Josué Broetto nasceu em 10 setembro 1902.
Emma Rosália Broetto nasceu em 29 novembro 1903.
Antonieta Broetto nasceu em 13 junho 1905.
Amabile Maria Broetto nasceu em 27 setembro 1906.
Rosa Broetto nasceu em 1 outubro 1908.
Helena Broetto nasceu em 7 janeiro 1910.
Lucia Broetto nasceu em 17 agôsto 1914.
Antonio Broetto nasceu em 3 fevereiro 1916.

Pasquale:
Pasquale Casotto nasceu em 10 março 1879 em Cervarese Santa Croce - Padova - Itália. Ele casou-se com Angelina Carretta em 4 agosto 1917 em Santa Teresa - ES - Brasil.
Eles tiveram os seguintes filhos:
Erminia Casotto nasceu em 17 março 1918.
Ricardo Casotto nasceu em 1920.
Paulino Casotto nasceu em 6 dezembro 1920


Emílio:
Emilio Casotto nasceu em 23 março 1875 em Cervarese Santa Croce - Padova - Italia. Ele casou-se com Rosa Zucolotto em 4 novembro 1919. Rosa Zucolotto nasceu em 1898 em Freguesia de Santa Teresa - ES - Brasil.
Emilio Casotto. Consta ainda o casamento e os filhos com Generosa Tofoli.
Eles tiveram os seguintes filhos:
Enrico Casotti nasceu em 1 março 1909.
Domizio Casotti nasceu em 7 abril 1914.


Sante:
Sante Casotto nasceu em 28 agosto 1877 em Cervarese Santa Croce - Padova - Italia. Ele casou-se com Henriqueta Ninz em 29 janeiro 1908 em Santa Teresa - ES - Brasil. Henriqueta Ninz nasceu em 1889 em Espírito Santo - Brasil.
Eles tiveram os seguintes filhos:
Maria Casotto nasceu em 30 setembro 1913.
Emma Casotto nasceu em 23 dezembro 1917.

Maria:
Maria Casotto nasceu em 1891 em Santa Teresa - Espírito Santo – Brasil. Ela casou-se com Leopoldo Zani em 5 abril 1915 em Santa Teresa - ES - Brasil. Leopoldo Zani nasceu em 1891 em Italia.
Eles tiveram os seguintes filhos
Anna Leticia Zani nasceu em 1918.

Antonio:
Antonio Casotto nasceu em 26 de abril de1882 em Cervarese Santa Croce - Padova – Italia e faleceu aos 75 anos no dia 29 de maio de 1968 em Córrego de Ouro – Distrito de Pendanga – Município de Ibiraçú. Sua profissão era lavrador.
Ele casou-se pela primeira vez com 22 anos com Elisa Pegoretti (ela com 20 anos, filha de João Pegoretti e Preciosa Ninz Pegoretti) em 16 de fevereiro de 1915 em Goiapabo-açu – Santa Teresa/Fundão - ES - Brasil. Elisa Pegoretti nasceu em 1894 em Freguesia de Santa Teresa - ES - Brasil. Ela Faleceu com 43 anos no dia 11 de abril de 1936.

Segundo Mário Casotto, as dificuldades eram grandes e seu pai e Elisa trabalhavam até as 23h para vencê-las. Assim que anoitecia, Elisa largava a enxada e iluminava a roça com um lampião para Antonio dar continuidade ao trabalho na lavoura.


Foto de Antonio Casotto e Eliza Pegoretti (montagem feita pelo artista que os retratou), imagem cedida por José Casotto.
Eles tiveram 7 filhos:
Arlinda Cazotto
João Casotto - nasceu em 27 dezembro 1917.
Virginia Casotto - nasceu em 3 novembro 1920.
Pedro Casotto
Maria Casotto
César Casotto
Jose Casotto nasceu em 16 de dezembro de 1929 no município de Goiapabo-açu – Fundão / Santa Teresa.
Antonio casa-se pela segunda vez, aproxidamente em 1937 com 44 anos, logo após a morte de Elisa, com Clementina Gottardi, de 32 anos, filha de José Gottardi e Ana Pomarolli Gottardi. Clementina vem a falecer depois de aproximadamente 3 anos de casados, de neurite aguda (Neurite é uma lesão inflamatória ou degenerativa dos nervos) com 35 anos, no dia 12 de fevereiro de 1939, em Goiapabo-açu - Fundão.

Eles tiveram 1 filha:
Zelinda Casotto

Segundo relatos, Antonio gostava e desejava a mão da irmã de Clementina, Rosalina Gottardi. Como era de costume da época, Antonio escreveu uma carta de amor onde pedia a mão da moça e mandou entregar a carta, porém esqueceu de colocar o nome da endereçada. Por obra do destino a carta foi entregue a Clementina que aceitou o pedido. Antonio foi então se apresentar a noiva com a intenção de revelar a verdade, porém ficou sem jeito de falar, então aceitou a idéia de ter Clementina como esposa, ate porque era de costume da época a filha mais velha se casar primeiro e Clementina já estava em idade avançada para o matrimônio.
Outro boato é que, no velório de Clementina, Antonio chorava muito, estava desesperado e alguém tentou acalma-lo dizendo para ver o lado bom das tragédias, ele poderia agora tomar como esposa a irmã que ele deseja a princípio se casar, a Rosalina e foi o que na realidade aconteceu. Antonio teria enviado novamente uma carta de amor para Rosalina, pedindo sua mão em casamento, sendo desta vez entregue à carta a moça certa.
Aos 47 anos Antonio Casotto depois de duas viuvezes, casa-se pela terceira vez. Toma como esposa Rosalina Angélica Gottardi, de 31 anos de idade, (irmã da falecida Clementina) no dia 06 de julho de 1940 em um município de Santa Teresa.


Antonio Casotto e Rosalina Angélica Gottardi tiveram 7 filhos:
Luiz Orlando Cazotto
Ana da Penha Cazotto
Mario Antonio Cazotto
Cecília Maria Cazotto
Frederico José Cazotto
Juliano Francisco Cazotto
Armando Antonio Cazotto
Antonio vem a falecer antes de Rosalina. Morre de causa natural aos 75 anos de idade, no dia 29 de maio de 1968 em Córrego de Ouro – Distrito de Pendanga – Município de Ibiraçú. Ele teve com as três esposas15 filhos no total.
Segundo Alaíde da Penha Casotto, neta de Elisa Pegoretti, as netas das falecidas esposas de Antonio, costumavam chamar Rosalina de “tia”. Rosalina foi descrita como muito vaidosa, sua pele do rosto brilhava de pó compacto e ela pintava os cabelos de preto. Em seu velório os familiares em respeitando a esta característica, pintaram seus cabelos.

José Casotto
José Casotto, filho de Antonio e Elisa, se casa aos 23 anos de idade com Amália Tereza Broetto (nascida em Santa Teresa no dia 24 de fevereiro de 1932) de 20 anos, filha de Camilo Josué Broetto e Madalena Maria Pitol, no dia 07 de outubro de 1952 em Fundão. Amália vem a falecer aos 64 anos de idade, devido a complicações cardíacas (coração inchado, devido à picada de um inseto, mas sendo registrada a causa da morte no óbito como causa natural), no dia 29 de fevereiro de 1996, em Piabas – Fundão.



Casamento de José Casotto e Amália Tereza Broetto, em 1932.



Família de José Casotto
José, ao lado Fernandes, abaixo Josimar, Amália, atrás Silvano, Joel, Josias, Elias, ao lado Alaíde, a noiva é a filha Catarina que tem a sua direita Maria Helena, Durval e a imagem cortada, Jacimar.



Eles tiveram 11 filhos:
Elias Casotto – nasceu no dia 14/12/1952 em Duas Bocas/Fundão. Casou-se pela primeira vez em janeiro de 1976 com Iracy Graciotti (nascida em 1950). Iracy veio a falecer com 30 anos, em 21/08/1980, quatro dias após o nascimento do segundo filho.
Eles tiveram os seguintes filhos:
Elianderson Graciotti Cazotto - nasceu no dia 15/02/1978.
Eliedson Graciotti Cazotto – nasceu no dia 17/08/1980.
Elias Cazotto casou-se pela segunda vez com Helena Domingas Perini (nascida no dia 02/01/1955 em casa, Piabas.).
Eles tiveram os seguintes filhos:
Esla Perini Cazotto - nasceu pré-matura no dia 10/01/1990 em Fundão.
Eliena Perini Cazotto – nasceu no dia 07/06/1997 em João Neiva.





Catarina Casotto - nasceu 04/04/1954 em casa, Duas Bocas/Fundão. Casou-se no dia 19/05/1979 na Igreja Nossa Senhora da Conceição de Piabas, com Afonso Ely Tonon (nascido em 26/11/1952 em casa em Itapira/Ibiraçú.).

Eles tiveram 1 filho:
Alexsandro Tonon - nasceu no dia 09/04/1980 em João Neiva.


Josias Casotto – nasceu no dia 13/09/1956 em casa, Duas Bocas/Fundão. Casou-se com Marta Maria Mandelli na Igreja Nossa Senhora da Conceição de Piabas.
Eles tiveram os seguintes filhos:
Jéssica Mandelli Cazotto
Taís Mandelli Cazotto
Taínara Mandelli Cazotto

Joel Cazotto – casou-se Lurdes e teve 2 filhos:
Julimar Casotto
Jodemar Casotto

Silvano Casotto - casou-se com Sandra Salles Mattiuzzi com quem teve 2 filhos:
Sandy Salles Casotto
Sávio Salles Casotto




Durval Antonio Cazotto – Nascido no dia 24/06/1966 em casa em Goiapabo-açu. Casou-se no dia 05/04/1997 na Igreja Matriz de Ibiraçú com Joana Aliprande (nascida em 24/06/1966 em Baixo Guandu.).
Eles tiveram os seguintes filhos:
Gabriella Aliprande Cazotto - nascida em 22/01/1998 na Maternidade de João Neiva.
Gabriel Aliprande Cazotto - nascido em 31/03/2001 na Maternidade de João Neiva.


Fernandes Casotto - nasceu no dia 08/08/1965 em casa na Colônia/Piabas.

Jacimar Casotto – nasceu 24/12/1967 em casa na Colônia/Piabas.

Alaíde da Penha Cazotto - nasceu no dia 23/05/1969 em casa na Colônia/Piabas e casou-se no dia 15/10/1994 na Igreja Nossa Senhora da Conceição com Paulo Roberto Batista Schaeffer (nascido 05/03/1968).
Eles têm os seguintes filhos:
Laíze Cazotto Schaeffer.

Josimar Casotto – nasceu no dia 15/11/1974 em casa em Piabas e casou-se no dia 01/02/2003 com Adriana Zanoni (nascida no dia 23/01/1983 no Hospital de Santa Tereza).
Eles têm os seguintes filhos:
Josiane Zanoni Casotto - nasceu no dia 02/02/2007 em João Neiva.

Maria Helena Casotto nasceu em 14 de maio de 1959, em Duas Bocas – Distrito de Fundão. Ela se casa com 22 anos, com Paulo Fernandes Pirchiner de 25 anos (nascido em 13 de agosto de 1956 Piabas- Pendanga- Ibiraçú, de profissão lavrador, filho de Pedro Pirchiner e Clodilde Zanoni Pirchiner) no dia 18 de Julho de 1981, na igreja de Piabas / Pendanga - Ibiraçú.

Eles tiveram os seguintes filhos:
Juliana Casotto Pirchiner – Nascida em 13 de agosto de 1982, no Hospital Sagrado Coração de Maria, em João Neiva.



Jovandro Casotto Pirchiner – nascido em 01 de maio de 1984 na Maternidade de João Neiva.

Juliana Casotto Pirchiner (profissão ate então, vendedora) casa-se com 23 anos, no dia 16 de julho de 2005 em Vila Velha, com Pierre Alguste Varejão da Cunha (profissão ate então, vendedor) de 26 anos, nascido em 20 junho de 1979, em Vila Velha, filho de Leonardo da Vinci Rodrigues da Cunha e Sandra Varejão da Cunha.




Casotto
O sobrenome Casotto esta disseminado em diversas partes do mundo. Apenas uma parte da família Casotto é que migrou para o Brasil e hoje se encontram espalhados por muitos Estados brasileiros, mas também há os que permaneceram na Itália ou migraram para outro país.
Este sobrenome destacasse em muito nas carreiras artísticas, onde o Casotto mostra sua garra, sua vontade, sua persistência em brilhar.
Estas são algumas estrelas Casotto que brilham no mundo:
Jacopo Casotto – dançarino da dança desportiva, ganhador de vários festivais mundiais de dança.
Jacopo Casotto tem como par Francesca Gambalonga. Não se tem informações concretas de quando Jacopo Casotto & Francesca Gambalonga começaram a dançar junto. Atualmente estão inscritos como par por Itália. Competem em nível Juventude. A primeira competição registrada na base de dados teve lugar em: Itália - San Lazzaro di Savena em 2007 (março). Até agora, a sua melhor classificação registrada é o 1º lugar em Youth "Open" Standard, Portugal Open 2009, Portugal - Lisboa, sábado, 26 de setembro de 2009.





Micaela Casotto
Atriz argentina, hoje em 2009 a atriz se encontra com 17 anos. Este é um famoso filme que a atriz fez com 10 anos de idade.

ARGENTINA - 2002
DURAÇÃO: 83 MINUTOS
TÍTULO ORIGINAL: MICAELA, UNA PELÍCULA MÁGICA
TÍTULO EM PORTUGUÊS: MICAELA - UM FILME MÁGICO
IDIOMA ORIGINAL: ESPANHOL
DIRETORA: ROSANNA MANFREDI
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA FILME: LIVRE
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA TRAILER: LIVRE
DUBLADO
LANÇAMENTO: 25/03/2005
( RJ/SP/DF/RS)
SINOPSE do filme
Micaela é uma garota que adora animais e ama desenhar e brincar com muitos amigos. Por respeitar a natureza e sempre ajudar as pessoas, ela é convocada pelo mundo da fantasia para uma importante missão. E, quando chega lá, transforma-se em desenho - a história começa como um filme normal, com gente de verdade. Micaela ganha poderes de desenho animado, como ficar grande ou pequena, e ajuda seus novos amigos a lutar contra o vilão Dr. Black, que quer tirar as cores de todas as coisas do mundo.
No mundo real: o nome da atriz que interpreta Micaela é... Micaela! A garota, de sobrenome Casotto, tem dez anos e começou a carreira fazendo uma imitação num programa de TV.




Bobby Darin

Bobby Darin (nascido Walden Robert “Bobby” Cassotto, em 14 de maio de 1936, no Bronx, Cidade de Nova York, durante a Grande Depressão.) foi um dos mais populares cantores e artistas americanos, ídolo dos adolescentes nos anos 50, cantando rock & roll. De família muito pobre, (ele mesmo contou que seu primeiro berço foi uma caixa de papelão e mais tarde uma gaveta de cômoda) nunca conheceu o pai e nunca lhe foi revelada a identidade de seu pai biológico. Cresceu pensando que sua verdadeira mãe, Nina - que o teve aos 14 anos de idade - fosse sua “irmã mais velha”, tomando sua verdadeira avó materna, Polly ,como se fosse sua “mãe”. Bobby Darin teve uma infância e adolescência muito difíceis.
Diagnosticado como portador de febre reumática, doença incúravel que afetou seu coração, foi desenganado aos 8 anos de idade, os médicos diagnosticaram que ele não passaria dos 15 anos de idade. A doença trouxe graves conseqüências para o resto de sua curta vida. Incapacitado pela doença de brincar com outras crianças, viu-se condenado a viver em seu apartamento, onde terminou aprendendo música, tocando inúmeros instrumentos.
Partiu para a vida artística, sendo contratado pela Decca e, em 1958, obteve grande sucesso com sua composição “Splish Splash”, um rock que estourou em todas as paradas e foi composta por ele em vinte minutos, vendendo milhões de cópias. Também foi sucesso no Brasil na versão de Roberto Carlos.
. Esse sucesso lhe permitiu escolher suas futuras gravações, sendo que logo em 1959 gravou “Mack the Knife,” da “Ópera dos Três Vintens”, de Kurt Weill (e Bertolt Brecht, em sua versão original alemã de 1930), que figurou como número 1 nas paradas por 9 semanas, vendeu mais de um milhão de cópias e lhe rendeu o Grammy pela gravação do ano em 1960 e o segundo Grammy como revelação do mesmo ano.
Seguiu para Hollywood, onde estrelou vários filmes de sucesso, sendo inclusive indicado ao Oscar de melhor coadjuvante em 1963, por “Captain Newman, M.D.” Bobby Darin também foi indicado ao Oscar pelo seu desempenho no filme "Pavilhão 7" ao lado de Gregory Peck.
Durante as filmagens de "Quando Setembro Vier", «Come September» (1961) em Itália, conheceu a também famosa atriz Sandra Dee e após um mês de namoro, tiveram um muito mediático casamento. Casaram-se em 1 de dezembro de 1960 e fariam mais dois filmes juntos («If a Man Answers», de Henry Levin, em 1962, e «That Funny Feeling», em 1965, de Richard Thorpe), que viriam a ser os seus favoritos. Deste casamento nasceu seu único filho, Dodd Mitchell Cassotto (Dodd Darin).
Porém divorciaram-se em 1967. Isto viria a afetar a imagem de Sandra junto dos adolescentes, o que, associado às mudanças culturais da década e o fim do sistema dos estúdios (que tinham as estrelas sob contrato por anos), motivou a dispensa pelos estúdios da Universal. Ainda fez «Rosie!», de David Lowell Rich, em 1968, um filme independente com Rosalind Russell, mas a sua carreira não chegou mais longe, pouco trabalhando nos anos 70, e quando o fez foi principalmente em séries televisivas. Em 1978, ganhou notoriedade junto de uma nova geração quando a sua imagem de "rainha adolescente virginal" foi parodiada (para grande prazer da própria, de acordo com os relatos) no filme «Brilhantina» («Grease»), com a canção "Look At Me, I`m Sandra Dee".
Consta que Sandra Dee nasceu a 21 de Abril de 1942 em Bayonne (New Jersey) e tornou-se modelo ainda antes dos 12 anos. De acordo com entrevistas nos anos 90, terá sido abusada sexualmente pelo seu padrasto e forçada para o estrelato pela sua ambiciosa mãe, que mentiu sobre a idade da filha para colocá-la logo na escola (aos 4 anos) e iniciar o mais cedo possível a caminhada para a fama.
Começando por anúncios televisivos, teve o seu primeiro papel em «Famintas de Amor», de Robert Wise, em 1957, atingindo enorme popularidade dois anos mais tarde, graças a três filmes: «Maldosamente Ingénua» («Gidget»), de Paul Wendkos (papel a que ficaria sempre associada), a comédia romântica «A Summer Place», de Delmer Daves, e o citado melodrama de Douglas Sirk, em que fazia de filha de Lana Turner. Era a jovem americana ideal e tornou-se a rainha dos estúdios da Universal apenas com 17 anos. De acordo com os que lhe eram próximos, o amor da sua vida foi sempre Bobby Darin.

No final da década de 60, apesar da frágil saúde, Bobby trabalhou na campanha política de Bob Kennedy de quem era amigo pessoal e com o assassinato deste em 1968 e já com a carreira em declínio, se desilude da vida em geral: abandona a música, tudo, e passa a viver num trailer em Big Sur.
Finalmente retorna e reinicia suas atividades, mas os pequenos palcos que ele amava estavam chegando ao fim.
Em 1971, Bobby tem o primeiro ataque cardíaco e é operado para colocar duas válvulas artificiais. Passa quase todo este ano se recuperando.
Em 1973, quando parecia que tudo havia sido superado, sua saúde piorou. Bobby Darin recebia oxigênio nos intervalos de suas apresentações.
Sua última apresentação foi em 27 de abril de 1973, show gravado pela NBC (DVD "Mack is Back").

Bobby casa-se pela segunda vez com Andrea Joy Yeager em 26 de junho de 1973 e se divorcia poucos meses depois em 24 de outubro do mesmo ano.
Infelizmente seu estado de saúde piora dia a dia e se faz necessária uma nova cirurgia para reparo das válvulas que apresentavam problemas. Uma equipe médica tenta salvar sua vida durante horas, mas Bobby Darin morre antes de recobrar a consciência, aos 37 anos no dia 20 de dezembro de 1973, em Los Angeles.
Não houve funeral, ele doou seu corpo para a UCLA Medical Center para pesquisas médicas.

Bobby Darin foi um dos maiores artistas da América, viveu uma existência dramática, vindo do nada até atingir o estrelato.
Lutando a pulso, dia após dia, percorreu um caminho que o levou dos duvidosos clubes noturnos até ao seu destino de sonho, o Copacabana, onde levou multidões ao delírio com as suas interpretações. Ele era o máximo, a cantar, a escrever canções e a tocar - conquistando os fãs, apesar da doença que o perseguia desde a sua infância.
Isolado e confuso, depois de envenenar a sua vida privada, foi obrigado a confiar nos seus amigos, na família e no seu extraordinário talento, para acalmar os seus demônios e aceitar quem é e o que a sua vida significou.

Premiadíssimo, Bobby Darin teve uma vida curta, porém produtiva. Conseguiu em quinze anos o que muitos outros conseguem em 30 ou 40. Sua versatilidade era imensa sabendo tocar vários instrumentos: piano, violão, marimba, gaita, bateria; era também dono de um fraseado perfeito, elogiado até os dias de hoje.
Tinha uma personalidade empreendedora e todos dizem que um bom-humor imbatível. Foi empresário, produtor, ator de cinema e televisão, animador, comediante, compositor e acima de tudo cantor, showman e excelente intérprete das mais bonitas músicas da segunda metade do século XX.
Muito exigente com seu trabalho, Bobby Darin deixou uma herança de centenas de músicas gravadas, shows, filmes, entrevistas e aqueles que o conheceram de perto, comentam sobre sua grande generosidade. Sua morte deixou uma lacuna irreparável no show business americano.
Kevin Spacey (seu grande fã) o interpreta no filme "Uma vida sem Limites" que, apesar de criticado "ressuscita" Bobby Darin e com isto surge uma nova geração de admiradores. É o próprio Kevin Spacey que canta no filme.
Sinopse do filme:
Uma Vida sem Limites (Beyond the Sea, Estados Unidos, 2004. Focus) – O ator Kevin Spacey assume a direção e o papel principal da cinebiografia de Bobby Darin (1936-1973), cantor americano cujo principal sucesso foi Beyond the Sea, canção que marcou presença na trilha de Procurando Nemo. Darin teve uma vida trágica – sofria de febre reumática. Ainda que o personagem seja desconhecido do público brasileiro, a sucessão de reveses vividos por Darin é um prato cheio para Kevin Spacey mostrar seu talento dramático. Aliás, é o próprio ator que canta no filme.

Giovanna Casotto
Quadrinista e ilustradora italiana. Morava no interior da Itália com seus avós, quando entrou em uma faculdade de História e acabou se casando e tendo dois filhos.
Giovanna era atriz quando largou a profissão para trabalhar com Franco Saudelli, ilustrador especializado em fetiches por pés. Giovanna Casotto largou também a faculdade de Letras para dedicar-se ao desenho depois de trabalhar como modelo para este fotógrafo e ilustrador erótico italiano. Admiradora de Dostoievski, McLuhan, Picasso e Rembrandt, sua incursão nos quadrinhos começou em 1994, na revista L’Itrépido, com quadrinhos não-eróticos, depois de um curso na Escola de Quadrinhos de Milão. Logo estava publicando suas histórias que aliam fetiche e realismo quase fotográfico na revista erótica Selen. Sempre presente nos mais variados programas televisivos na Itália, Casotto já atingiu fama comparável à de Cicciolina no país. Chamando a atenção num meio dominado por homens, é considerada a melhor ilustradora de quadrinhos eróticos no Ocidente – suas telas estão em destaque na galeria Wild Seduction, em Miami. Entre suas obras estão In Bed With Sonia X, Visions Of Giovanna e a série Bitch In Heat.
Espirituosa e inteligente, a artista já tem várias obras suas em museus de erotismo espalhados pelo mundo. Ela declarou em diversas entrevistas que não costuma ler quadrinhos, mas que se inspirou em Bionda, personagem de Franco Saudelli, para criar histórias eróticas.
A autora já publicou álbuns como ‘‘Expériences Interdites’’, ‘‘Les Désirs de Venus’’, ‘‘Mauvaises Habitude’’, ‘‘Chambre 179’’ e também contribui para a ‘‘Selen Presents”. Para os Estados Unidos, chegou a fazer pin-ups da Mulher-Gato e Vampirella, sempre com aquele toquezinho sedutor.
Nas técnicas do desenho ela opta por deixar a pele humana em tons de cinza - mas colore objetos, partes do cenário, batons e unhas pintadas. Ela ainda demonstra neles uma grande habilidade no sombreamento, o que reforça a caracterização real das personagens, dando-os forma, encorpando-os, pondo “carne”.
Há algo que lembre Sin City, de Frank Miller, no que diz respeito à mistura de preto e branco com cores, já que a autora coloca todo o cenário e personagens em tons escuros e alguns detalhes em cores, como lábios, roupas, ou alguma outra coisa que ela queira dar destaque, por exemplo, um lençol. O mais curioso é que ela tira fotos de si mesma para depois desenhar, isto para dar mais realidade às cenas.

Audrey Hepbum

Brigitte Bardot

sábado, 26 de dezembro de 2009


Universidade Federal do Espírito Santo
Centro de Educação
Departamento de Educação, Política e Sociedade
Curso de Pedagogia


Juliana Casotto Pirchiner
Patrícia Bertolo Chagas
Viviane Matias
Edivania de Souza
Resenha do Artigo sobre Educação Nutricional publicado no site dos luteranos
Educação Nutricional: por que e para quê?
por Maria Cristina Faber Boog


O artigo resenhado foi escrito por Maria Cristina Faber, nutricionista e professora de ciências Médicas da Unicamp, e foi publicado no site dos luteranos, sendo estes conhecidos por se preocuparem com o bem estar do corpo e a saúde em si. No seu artigo, ela percorre a história da educação nutricional, apresenta os benefícios de uma boa alimentação, as doenças diretamente ligadas à alimentação, as mudanças ocorridas na alimentação do homem moderno, as ligações da alimentação com a cultura social e levanta a questão das implicações em educar neste campo.
Ela começa seu artigo nos esclarecendo o que é a educação nutricional, e devemos concordar com sua explicação, pois quando esta nos pergunta:
O que é educação nutricional?
Nós entendemos e concordamos com a autora que é a forma de conscientizar a população em relação aos seus hábitos alimentares e a forma que devem praticá-la. Pois assim como nos relata a autora, a forma que nos alimentamos e a composição de nosso cardápio diário é uma questão social, cultural, afetiva e educacional conforme a inserção do individuo em determinada sociedade. Aprendemos a nos alimentar, ter uma educação nutricional primeiramente em casa e posteriormente nas relações de amizades, na sociedade e na escola.
Ela cita os Estados Unidos, sendo importante lembrar que, é um país que lidera mundialmente casos de obesidade, a população em geral, possui maus hábitos alimentares, as refeições geralmente são realizadas em fast foods contendo alimentos gordurosos e ricos em açúcar. Este modelo de alimentação é decorrente da correria do dia-a-dia do ser humano moderno, que os levam a consumirem alimentos mais práticos e rápidos, como os enlatados. Ao contrário, na Itália a maioria da população celebra o almoço sentado à mesa com a família, saboreando uma tradicional massa. Concordamos que ao longo dos anos a cultura alimentar no Brasil vem mudando, cada vez mais. O brasileiro têm trocado o tradicional prato de arroz com feijão pelos lanches rápidos, herança da cultura norte americana.
Nos últimos anos crescem o interesse das autoridades governamentais, das instituições e da população em geral em relação à alimentação saudável. Governos de vários países têm tomado providências em relação à conscientização e a prática da educação nutricional, pois o número de doenças decorrentes de maus hábitos alimentares acompanhadas do fumo e do sedentarismo, e o crescimento de uma população obesa acarretam altos custos aos cofres públicos. Pois é através também deste mecanismo, a alimentação, que se alcança a qualidade de vida. Os benefícios que esta traz são inúmeros, principalmente quando se diz respeito à prevenção e tratamento de doenças.
A base da qualidade de vida é a própria conscientização dos benefícios resultantes da boa alimentação, e o número de adeptos tem crescido, porém apenas se conscientizar não basta, esta deve vir acompanhada da prática, contudo todas as nossas conquistas de vida dependem necessariamente da nossa saúde.
A autora não relatou, mas é válido lembrar que com o avanço tecnológico, a alimentação natural e os tratamentos caseiros à base de ervas e raízes foram deixados de lado, sendo substituídos por alimentos e remédios industrializados. Os meios de comunicação têm colaborado para a criação de uma nova cultura alimentar degradante à saúde da população, inculcando na população ideologias capitalistas, voltadas apenas para interesses econômicos.
“A publicidade é hoje a Escola de Nutrição das ‘Massas’. As pessoas, não raro, compram influenciadas pelos estímulos publicitários.” (Boarim, Daniel de Sá Freire, 1988, p.64).
A alimentação moderna está sobrecarregada de erros, que representam injurias a nutrição e a saúde, é indispensável evitar certos alimentos e hábitos nocivos, e substituí-los adequadamente. Ela nos lembra também que o excesso de determinados nutrientes, bem como a carência destes, pode acarretar sérios prejuízos à saúde. A questão econômica atinge diretamente a forma de se alimentar. A desnutrição, decorrente da divisão de classes, da pobreza e da fome também é uma preocupação em geral, pois a fome tem dizimado um grande número de pessoas no mundo. A autora nos demonstra que a solução deste problema está ligada à tomada de consciência para a solidariedade por parte daqueles que tem poder aquisitivo.
Relata-nos que a visão em relação à educação nutricional mudou assim como a alimentação nos últimos anos, enquanto há algumas décadas passadas, poucos se preocupavam com a questão alimentar a maioria não aceitavam o que era proposto. Na pós-guerra, na década de 40, foi um período marcante para esta questão. Foram feitos grandes esforços por parte dos profissionais ligados a área, para promover qualidade na alimentação das populações pobres, com poucos recursos, propondo assim uma harmonia entre custo/benefício.
A colocação acadêmica da educação nutricional também sofreu algumas modificações, tomou-se ciência de que esta educação não se aprende de um dia para o outro, é necessário se reeducar gradativamente, através de pessoas capacitadas. O ressurgimento do interesse pela alimentação é devido a relação entre a má alimentação com as doenças. O que vemos hoje é a necessidade da implantação de uma disciplina voltada desde a infância, e que aborde este tema, pois vemos nossas crianças desenvolvendo doenças cada vez mais cedo, sendo estas relacionadas à alimentação como a desnutrição, obesidade, colesterol alto, diabetes, etc. Porém há implicações em educar na alimentação, pois se alimentar não é apenas um fenômeno biológico, mas também esta ligada as questões psicológicas e relações sociais.
Os profissionais desta área buscam estratégias eficazes para melhorar a alimentação da população, independente da faixa etária.
Na década de 40, ocorreram no Brasil iniciativas criticadas pela população. A função de visitadora de alimentação que percorria as cozinhas dos lares brasileiros, promovendo a educação alimentar no momento de seu preparo, não foi bem aceita, considerada pela população uma medida invasiva, imposta e não conscientizada.
A autora também nos fala das iniciativas antiéticas do governo dos EUA, que nas décadas de 50 e 60, realizavam grandes doações de seus excedentes agrícolas a países pobres com intuito de que as populações se habituassem aos alimentos doados e passassem a ser futuros compradores, está iniciativa foi criticada e descredenciou a educação nutricional. Foi neste período que se tentou implantar a soja, como alimento substituto pelo feijão, porém este produto economicamente se tornou inviável por ser de exportação, portanto um produto caro, sendo também que existe uma preferência nacional e cultural pelo feijão.
Nas décadas de 60 e 70 as iniciativas da educação nutricional se distância da sociologia e cede espaço a medicina. Entre as décadas de 70 e 80 as iniciativas são vistas como formas de repressão, tomaram-se como forma de liberdade de expressão se alimentar a hora e da forma que quisesse. Percebemos então que herdamos deste período os hábitos alimentares atuais, “beliscando” guloseimas a hora que desejassem e não seguindo, um horário adequado. Entrando assim na década de 90 com um decréscimo de consumo de alimentos saudáveis, e um aumento de consumo de alimentos industrializados, em especial os mais calóricos. Resultou-se assim um aumento significativo das doenças relacionadas à obesidade, comprovadas por pesquisas realizadas pelo Ministério da Saúde. Aonde esta mostra que as principais pessoas atingidas são mulheres de baixa renda.
Lembramos que a obesidade não só pode acarretar em doenças biológicas, mas também em problemas psicológicos, pois esta expõe o ser humano ao preconceito, a exclusão e em muitos casos a depressão.
No mundo atual onde existe a corpolatria, onde se cultua o corpo, a perfeição e as cirurgias plásticas são comum ao nosso cotidiano, os gordinhos são vistos como preguiçosos e desleixados com o próprio corpo e saúde.
Na revista Veja do mês de Novembro, é abordado este assunto. Uma jovem expôs sua estória nas páginas da revista; esta jovem praticava balé desde sua infância, se dedicou durante anos, mas no momento do seu teste final foi reprovada sem ser dado a esta nenhum argumento sobre falhas técnicas. Simplesmente foi dito mais tarde que a saliência de seu abdômen atrapalhou o momento do execução da barra. Após isto, se evadiu do balé, retornando recentemente, e recebendo orientações de sua professora para que emagrecesse, pois assim conseguiria passar no teste final, mas que mesmo assim não alcançaria jamais o corpo exigido de uma bailarina. Há também relatos de mulheres obesas agredidas fisicamente e moralmente, como o caso de uma senhora que foi agredida fisicamente, sendo chamada pela agressora de “vaca gorda”, além de ouvir que ela tinha que morrer, ninguém reagiu a seu favor. Existe uma grande intolerância por parte das pessoas em relação aos obesos, que passam a ter prejuízos psicológicos. Outro caso que nos chama a atenção, é de um casal escocês que perderam a guarda dos setes filhos, devido a condição obesa que se encontrava os pais e os filhos. O serviço social vinha acompanhando esta família, orientando para que mudassem, depois várias tentativas, o governo entendeu como negligência dos pais a situação, tomando a guarda dos seus filhos.
Na década atual, a educação nutricional, deixa de ser vista como imposição, mas sim como uma nova chance de se ganhar qualidade de vida, percebendo a importância de se ter um profissional de nutrição nas escolas e empresas. Em muitas instituições de ensinos da rede pública e particular, as cantinas estão substituindo gradativamente os salgados e refrigerantes pelos alimentos naturais, como, frutas, sucos, etc.
Criaram-se assim novos sentidos para uma alimentação adequada, deixou de ser simplesmente receitas que se proibiam de comer e passou a ser formas de conscientização de conhecer o valor dos nutrientes de cada alimento.
O principal desafio atual que a autora nos coloca é a realização dos múltiplos componentes da educação nutricional na prática.
O artigo aborda quase todos os pontos importantes da alimentação, porém não abrange por completo as questões das doenças psicológicas, como os transtornos alimentares; a bulimia, anorexia e a compulsão por alimentos.
A Bulimia é uma doença muito séria, onde a pessoa após se alimentar provoca o vômito para se livrar do alimento como forma de emagrecer ou não engordar, pois leva em sua consciência a culpa de ter se alimentado. Existem hoje até redes de comunicação entre estes “adeptos”, que trocam informações bulêmicas entre si. É uma doença difícil de ser identificada, pois a pessoa esconde o “problema”, que é visto por ela como normal. em muitos casos estas pessoas, em geral mulheres não apresentam magreza excessiva.
Na anorexia, ocorre que o contrário, a pessoa deixa de se alimentar por ter uma distorção de imagem de si mesmo, ela se vê gorda, mesmo quando esta extremamente magra, desnutrida e com risco de morte. Este transtorno tem ocorrido cada vez mais cedo em meninas, que na tentativa de acompanhar o padrão de beleza imposto pela sociedade e apresentado nas revistas, por fotos de modelos magérrimas, colocam em risco a própria saúde para alcançar o corpo desejado. Este transtorno é mais fácil de ser identificado, pois as pessoas que a cercam, observam que ela parou de se alimentar, que emagrece muito rápido, fica agressiva e apresenta outros sintomas biológicos. Na maioria dos casos é necessário internação, para que não venha a óbito.
Na compulsão por alimento a pessoa costuma comer escondido, ingerindo rapidamente o alimento, pois esta também sente culpa, e se sente constrangida do que faz. Também possui o hábito de se alimentar diversas vezes e de forma exagerada, mesmo não sentindo fome, não consegue parar de comer, tem necessidade de “atacar a geladeira”. Após se alimentar o compulsivo por alimento, sente remorso, culpa vergonha, angústia e em geral tem crises depressivas. Todos os três tipos de transtornos têm ligação direta com o alimento, prejudicam em muito a saúde e se faz necessário tratamento médico e psicológico, acompanhado do apoio da família. Geralmente a pessoa não admite que esta doente, o que dificulta o tratamento e a recuperação. n
Neste âmbito vemos a necessidade e complexidade da educação nutricional, pois a uma relação psicológica e afetiva envolvendo a alimentação.
Outro tema importante que não foi abrangido foi à produção e o consumo de alimentos sem agrotóxico, os chamados alimentos orgânicos. Houve um aumento de investimentos na plantação e no consumo desses alimentos.
Porém, sabemos que o campo da educação nutricional é muito amplo e devemos destacar que a autora em seu artigo fez importantes menções para compreendermos o ressurgimento da preocupação em se alimentar.
O importante é que este nos faz refletir e ter consciência sobre a nossa condição humana a respeito da alimentação, que implica muito mais do que um simples ato de sobrevivência.